"Têm coisas na vida que são inexplicáveis.
Minha mãe sempre me chamava filho Bola de Ouro, e veja só que eu tenho dez dez irmãos.
Um certo dia eu perguntei: por que eu sou seu filho Bola de Ouro?
Ela me respondeu de imediato!
Pergunte ao nosso Deus que ele responderá.
O tempo foi passando e ela sempre me tratava assim.
Aos 12 anos fiquei independente dos meus pais financeiramente.
Fazia doces, bolo, bolachas, biscoitos e outras coisas mais. Isso na zona rural chamada Pindoba. Colocava tudo isso em um balaio e saia pra vender nos forrós no final de semana.
Com o lucro eu comprava minhas roupas, calçados e ajudava também os meus irmãos.
Fui estudar em Alagoa Grande, encontrei bons amigos e fiz grandes amizades.
Em 1975 de Alagoa Grande , vim morar em Areia.
Me formei em Bacharelado em Economia pela Universidade Federal da Paraíba.
No período de 1975 a 1993 em Areia, fundei o Damac Som, as Boates Grão de Areia e Zero Hora.
Com o Som Damac Som sonorizei Os Três do Nordeste, Amazan, Genival Lacerda e tantos outros.
Mas como tudo tem seu começo, meio e fim, foi justamente em 1993 que eu quebrei Literalmente.
Mas para um filho Bola de Ouro segundo minha mãe, nem tudo estava perdido.
Foi quando exatamente ao meio dia em 26 de novembro de 1993, de frente ao Banco do Brasil em Campina Grande na calçada do Bazar Elétrico, eu parei e me perguntei: meu Deus! A coisa não está legal. Tenho Boate, som e gravo fitas cassetes e vejo que tudo isso dá muito mal pra fazer uma feira digna.
Não deu 10 segundos!
Em minha frente aparece um vendedor de Picolé.
Sim! Um vendedor de Picolé. Era a última coisa da minha vida que eu não queria vender. Achava o verdadeiro fundo do poço. Na minha concepção, era muito humilhante vender picolé.
Mas Deus falou: é picolé que você vai vender!
Não quis acreditar, foi quando a ficha caiu.
Fui ao Pó. Mais uma vez Deus falou: levanta! O teu Grande Presente da tua vida CHEGOU!"
O resto da grande história será contada no segundo capítulo.
Ivenildo Sales
Da Redação do www.seligapiloes.com.br
Esse texto são fatos reais escrito pelo protagonista da história Manoel Paulino proprietário da fábrica Picogel situada em Areia PB