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Após derrota do Vasco para o Flamengo, torcedor morre baleado em confronto com a PM


A vítima foi atingida pelo tiro perto do portão 9 do estádio. O torcedor foi levado para o Hospital Souza Aguiar, onde já chegou sem vida.
Um torcedor morreu baleado no tórax durante conflito com a Polícia Militar após clássico entre Vasco e Flamengo, na noite deste sábado (8), em São Januário, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo globoesporte.com.
A vítima foi atingida pelo tiro perto do portão 9 do estádio. O torcedor foi levado para o Hospital Souza Aguiar, onde já chegou sem vida. Além dele, outros dois torcedores deram entrada com ferimentos à bala, ambos nas pernas, e estão fora de risco. Um quarto torcedor foi recebido com ferimentos provocados por estilhaços de vidro.
A confusão começou dentro do estádio. Após o apito final de Anderson Daronco, torcedores vascaínos passaram a jogar muitos objetos no gramado e alguns ameaçaram invadir o campo. Os jogadores do Flamengo e a arbitragem, preocupados, permaneceram no centro do campo, protegidos pelo policiamento que atuava dentro do estádio. "Isso aí é perigoso. Aí no meio tem criança. É triste demais", lamentou Éverton, em entrevista ainda no gramado. A PM atirou bombas de efeito moral em direção às arquibancadas para dispersar os mais agressivos e a correria tomou conta do estádio.
Durante o intervalo, os vascaínos que estavam próximos às cordas que dividiam as torcidas já haviam provocado a ação da PM, que lançou spray de pimenta para conter os mais agressivos. Além disso, um torcedor do Vasco que tentou invadir o campo, depois do gol do Flamengo, pulando a proteção acrílica que separa o gramado, ficou ferido e teve que ser atendido no local.
Além dos confrontos dentro do São Januário, houve muita confusão no entorno do estádio, com grupos de torcedores do Vasco partindo para cima dos militares com garrafas e pedras.
A torcida do Flamengo foi mantida dentro do estádio por bastante tempo depois do apito final, até que a situação ficasse mais tranquila. As ruas do entorno ficaram repletas de cacos de vidro, pedras, cartuchos de munição e bombas de efeito moral já utilizadas.
A questão da violência nos estádios do Rio foi parar na Justiça em fevereiro desse ano, quando o torcedor do Botafogo Diego da Silva Santos morreu durante uma briga no Engenhão antes do jogo do Botafogo e Flamengo. Na época, um juiz concedeu uma liminar ao Ministério Público que pedia torcida única nas partidas dos quatro grandes clubes do Rio. A Federação de Futebol carioca recorreu e venceu. No dia 27 de junho, a Justiça decidiu manter torcida mista após um novo recurso do MP.
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