O
empresário Eike Batista deixou o presídio Ary Franco, na Zona Norte do
Rio, por volta das 13h30 desta segunda-feira (30). Com a cabeça raspada e
uniforme de detento, ele foi colocado dentro de uma viatura da polícia,
levando um travesseiro na mão, rumo ao Complexo Penitenciário de
Gericinó, em Bangu. O empresário, que era considerado foragido e estava
em Nova York, foi preso ao desembarcar no Galeão, pela manhã.
Segundo
as primeiras informações, após a triagem no Ary Franco, foi decidido
que o empresário ficará na Cadeia Pública Bandeira Stampa, conhecida
como Bangu 9. O motivo seria a falta de segurança na penitenciária,
segundo o Jornal Hoje.
Por
não ter nível superior, Eike não pode ir para Bangu 8, mesmo presídio
em que está o ex-governador Sérgio Cabral e outros presos durante as
operações Calicute e Eficiência, desdobramentos da Lava Jato.
Segundo
agentes do Serviço de Operação Especiais da Secretaria de Administração
Penitenciária (Seap), que fizeram o tranporte de Eike para Bangu, o
Bandeira Stampa é uma cadeia em que não há domínio de facção criminosa.
As celas são para até seis presos, que costumam trabalhar dentro das
próprias unidades prisionais – por isso, ganharam o apelido de “faxina”.
Eike
ficou quase duas horas no Ary Franco. Ele foi preso por agentes da
Polícia Federal às 10h. O empresário é suspeito dos crimes de lavagem de
dinheiro e corrupção ativa.
Ele
teve a prisão preventiva decretada depois que dois doleiros disseram
que ele pagou US$ 16,5 milhões a Sérgio Cabral, o equivalente a R$ 52
milhões, em propina. A prisão preventiva foi decretada pelo Juiz Marcelo
Bretas, da 7ª Vara Criminal, na operação Eficiência.
O
advogado dele, Fernando Martins, estava no Ary Franco quando Eike
chegou. “A defesa não teve acesso a ele, não conseguimos traçar a linha
de defesa então nós vamos aguardar e conversar com o cliente. Até agora,
as medidas jurídicas que estamos adotando são no sentido de preservar a
integridade física dele. Não posso acrescentar o que será feito agora.
Ontem ele deu uma entrevista no sentido que ele disse que passaria a
limpo, vai prestar os esclarecimentos necessários. A gente vai definir a
linha de defesa em conjunto.”, afirmou.
G1