Segundo informações da delegacia de Itapecerica da Serra, que apurou o caso, morreram no acidente:
- Peterson Pinheiro (piloto)
- Rosemeire Nascimento Silva (noiva)
- Silvano Nascimento da Silva (irmão da noiva)
- Nayla Cristina Neves Lousada (fotógrafa)
A
cerimônia e a festa de casamento de Rosemeire e Udirley aconteceriam às
16h no Recanto Beija-Flor, espaço para festas de casamentos na cidade
da Grande São Paulo, mesmo horário da queda da aeronave.
“O
noivo não sabia que ela chegaria de helicóptero. Seria uma surpresa
para ele e para todas as pessoas da festa. Todas as noivas tem um sonho e
o dela era chegar de helicóptero a seu casamento sem que ninguém
soubesse”, disse Carlos, um dos poucos que sabia da surpresa para poder
organizá-la.
O
dono do buffet afirmou que estranhou quando o helicóptero não pousou no
campo de futebol do sítio e procurou a empresa responsável pela
aeronave.
“O
dono disse que o helicóptero já tinha subido e que já deveria ter
chegado”. “Pouco depois, ele mesmo me disse que uma aeronave tinha
caído, mas que não imaginava que seria a sua própria”, completou.
Na
sequência, Carlos procurou autoridades, como Bombeiros e Polícia Civil e
apenas informou ao noivo e aos convidados que a noiva não conseguiria
chegar de helicóptero como havia planejado por causa do mau tempo.
Outras noivas já haviam planejado chegar de helicóptero à festa no
Recanto Beija-Flor e tiveram que terminar o percurso de táxi, por
exemplo, segundo Carlos.
Quando
recebeu a confirmação da queda e das mortes, Carlos comunicou
primeiramente o noivo. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele
foi comigo comunicar para tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado
de choque. Depois, os demais convidados [cerca de 300] souberam e
ninguém sabia como agir. Foi uma tragédia”. Alguns familiares e
convidados permaneceram no local da festa e outros foram embora.
O
helicóptero que caiu é do modelo Robinson 44, matrícula PRTUN, segundo a
Aeronáutica. De acordo com o órgão, uma equipe do Seripa IV (Quarto
Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos)
está indo para o local para começar as investigações do acidente.
A
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de sua
assessoria de imprensa, que a aeronave estava com inspeção válida até 16
de dezembro, que o certificado de aeronavegabilidade estava normalizado
e que poderia voar até dia 1º de fevereiro de 2017 e que a capacidade
era de 3 pessoas, sem contar o piloto.
De acordo com Carlos, o helicóptero saiu de um hangar em Osasco e caiu a cerca de 2km do local da festa.
A
queda ocorreu na Estrada da Barrinha e oito carros dos bombeiros foram
para o local. A aeronave caiu em uma região de mata fechada, próxima à
Rodovia Régis Bittencourt. Por volta das 18h, quando o Globocop
sobrevoava a área, havia neblina e chuva.
O caso será investigado pela Aeronáutica e pela delegacia de São Lourenço da Serra.
G1