Ao
menos 25 pessoas morreram na manhã deste domingo (11) em um atentado à
bomba contra a Catedral São Marco, dos cristãos ortodoxos coptas, no
Cairo. A bomba explodiu durante a missa, em uma ala reservada às
mulheres. O ataque ainda não foi reivindicado.
O saldo de vítimas não para de aumentar.
As operações de resgate ainda continuam na interior da igreja, informa a
televisão estatal egípcia. Ao menos 49 pessoas ficaram feridas. A
maioria das vítimas é mulher, segundo a Rádio França Internacional.
“A explosão aconteceu no momento em que o
padre nos chamou para a oração”, contou Emad Choukry. Ela disse que,
apesar da destruição e da poeira que dificultava a visão, conseguiu
chegar até a porta e escapar. “As pessoas gritavam e havia muitos corpos
no chão”, relatou.
A forte explosão, provocada por uma
bomba de 12 kg de TNT, foi ouvida em toda a região. Nenhum grupo
reivindicou até o momento o ataque. Mas nas redes sociais o anúncio do
atentado provocou uma onda de comemoração dos simpatizantes do grupo
Estado Islâmico.
O imã do Egito, Al-Azhar, condenou a
explosão na catedral. O ministro das Relações Exteriores da França,
Jean-Marc Ayrault, prestou sua solidariedade ao Egito diante desse
“atentado odioso”.
Maior comunidade cristã do Oriente Médio
Os coptas ortodoxos do Egito são alvo de
atentados frequentes. Eles representam 10% da população do país e são a
maior e uma das mais antigas comunidades cristãs do Oriente Médio.
No entanto, eles são pouco representados no governo e em setores importantes da sociedade, como a justiça, universidades ou polícia.
No entanto, eles são pouco representados no governo e em setores importantes da sociedade, como a justiça, universidades ou polícia.
O aumento do islamismo radical no país
agrava o sentimento de marginalização dos coptas, principalmente após a
queda do presidente Hosni Moubarak, em fevereiro de 2011, que provocou
uma onda de insegurança no país.
As forças de segurança egípcias combatem
uma insurreição islâmica baseada no norte do Sinai, mas que com
frequência realiza ataques no Cairo e em outras cidades do país. Na
última sexta-feira (9), seis policiais morreram na explosão de duas
bombas.
EBC