Depois de o Fluminense
solicitar a anulação do Fla-Flu, é a vez do Figueirense entrar no STJD
(Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedindo a anulação de uma
partida no Brasileirão. O clube catarinense também se sentiu prejudicado
pelos supostos erros de arbitragem na partida diante do Palmeiras, na
derrota por 2 a 1 no último domingo, no Orlando Scarpelli, e anunciou o
requerimento na Justiça por meio de conta oficial em uma rede social, no
começo da noite desta terça-feira. A diretoria alvinegra convocou uma
coletiva para pronunciar-se na quarta-feira, às 12h30.
A
solicitação do Figueirense está baseada nos Artigos 84 e 259 do Código
Brasileiro de Justiça Desportiva. Para entrar com o pedido de impugnação
da partida, o setor jurídico do Figueirense se baseia no primeiro
deles, que permite ao clube encaminhar a solicitação diretamente para o
presidente do STJD, Ronaldo Piacente.
No Artigo 259, “das infrações relativas à arbitragem”, está
registrado que ” a partida, prova ou equivalente poderá ser anulada se
ocorrer, comprovadamente, erro de direito relevante o suficiente para
alterar seu resultado”.O Figueirense busca a anulação do jogo contra o Palmeiras por entender que há provas para tal (clube chegou a divulgar um vídeo com erros e supostas falhas da arbitragem). Protocolada a solicitação, cabe ao presidente do STJD analisar o pedido e decidir se o caso será julgado.
Segundo a assessoria do Figueirense, a
ação foi protocolada por volta das 19h, desta terça-feira, no Rio de
Janeiro, no STJD. O responsável pelo caso é o advogado Renato Brito,
representante legal do clube catarinense no Rio, junto com o
departamento jurídico em Florianópolis.
Em derrota para o Palmeiras, no último
domingo, por 2 a 1, o Figueirense reclamou muito do trio de arbitragem,
liderado por Igor Benevenuto. São três reclamações pontuais sobre a
atuação da arbitragem, expostas pela comissão técnica e também pela
diretoria alvinegra. O lance da penalidade máxima assinalada sobre
Gabriel Jesus, na disputa pelo alto com Bruno Alves; uma possível
cobrança de lateral em que a bola não teria entrado no campo de jogo e
que, na sequência da jogada, originou o segundo gol do time paulista; e
um pênalti não marcado sobre Rafael Silva, na reta final da partida.
Com declarações fortes, o presidente
Wilfredo Brillinger chegou a dizer que os erros do juiz eram “coisas
preestabelecidas” para o jogo, e que todo o Campeonato Brasileiro está
manchado por conta disso. O assessor da presidência do clube, o
ex-jogador Branco, afirmou que o revés do Alvinegro foi na “mão grande”.
Como prova de indignação, o Figueirense fez um vídeo – publicado em
seu site oficial – com uma compilação dos supostos erros do trio de
arbitragem.
Globoesporte.com