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Prefeito paraibano pode ser cassado por suposto desvio de verbas para reeleição

Para o MPF, o prefeito tentou encobrir o ato ilícito criando uma licitação ideologicamente falsa para serviços de recuperação de estradas vicinais, que não foram executados

Ministério Público Federal da Paraíba
O Ministério Público Federal em Monteiro (MPF), no Sertão paraibano, a 303 km de João Pessoa, pediu perda da função pública e suspensão dos direitos políticos, além de ressarcimento ao erário, com pagamento de multa, do prefeito de Princesa Isabel, Domingos Sávio, da secretária de Finanças e de membros da Comissão Permanente de Licitação por atos de improbidade administrativa, praticados poucos dias antes das eleições municipais em 2012. Ele teria utilizado R$ 60 mil da prefeitura para promover a sua campanha de reeleição.

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Segundo o MPF, em 2012, Domingos Sávio teria sacado R$ 60 mil da conta de convênio para esgotamento sanitário e utilizado os recursos no final da campanha eleitoral.

Para o MPF, o prefeito tentou encobrir o ato ilícito criando uma licitação ideologicamente falsa para serviços de recuperação de estradas vicinais, que não foram executados.

A justificativa de despesa para a recuperação de estradas havia sido dada ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), que rejeitou, nesta quinta-feira (22), as contas do prefeito em 2012 pelo mesmo fato de investigação do MPF.

Segundo o TCE-PB, o prefeito cometeu fraude na confecção de documentos públicos para poder comprovar despesas da prefeitura. O Tribunal pediu a devolução dos R$ 60 mil.

De acordo com o MPF, o prefeito determinou a elaboração de documentos ideologicamente falsos que atestariam a realização do processo licitatório de recuperação de estradas.

“Houve o saque em espécie da quantia de R$ 60 mil, às vésperas da eleição municipal de 2012, mediante cheques assinados pelo próprio prefeito. Para ocultar o desvio, o então prefeito contou com a conivência da secretária de Finanças, que também assinou o cheque, emitido em favor da própria prefeitura, em conjunto com o prefeito e posteriormente arquivou na Secretaria de Finanças cópia em que atestava que os cheques haviam sido emitidos em favor da empresa RLA Construções e Serviços LTDA, com o claro intuito de maquiar a real destinação do dinheiro desviado”, disse o MPF.

Domingos Sávio assumiu a prefeitura de Princesa Isabel em 2012, após a cassação do ex-prefeito Thiago Pereira. Domingos conseguiu ser prefeito através de uma eleição indireta realizada pela Câmara Municipal.

Candidatou-se à reeleição para o cargo de prefeito nas eleições municipais de 2012. Segundo o MPF, com o objetivo de assegurar a sua reeleição e canalizar “caixa 2” para a sua campanha eleitoral, o gestor desviou os recursos públicos federais no dia 2 de outubro de 2012.

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